24 de janeiro de 2011





A felicidade aparece para aqueles que choram. 
Para aqueles que se machucam. 
Para aqueles que buscam e tentam sempre. 

Clarice Lispector

22 de janeiro de 2011

Não é raro, tropeço e caio. 
Às vezes, tombo feio de ralar o coração todinho. 
Claro que dói, mas tem uma coisa: 
a minha fé continua em pé. 

Ana Jácomo 

20 de janeiro de 2011


Mas não se esqueça: Assim como não se deve misturar bebidas, misturar pessoas também pode dar ressaca.  
Martha Medeiros

10 de janeiro de 2011


Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce ou não, espontaneamente mas nunca por força de imposição. Às vezes é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes nada damos, e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.  

Clarice Lispector

8 de janeiro de 2011

(Mas finjo de adulta, digo coisas falsamente sábias, faço caras sérias, responsáveis. Engano, mistifico. Disfarço esta sede de ti, meu amor que nunca veio – viria? virá? – e minto não, já não preciso.) Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa.

                      Caio F. Abreu