31 de julho de 2010

Ainda há reticências (...)


Olhando a foto, foi quando eu descobri que tua ausência inda doía e o tempo que passou não me serviu como remédio. E a minha paciência foi inútil e todo desapego incompetente. Eu me desvencilhei de livros, cartas e bilhetes e me desmemoriei por algum tempo - quis tanto ter você, depois silêncio - mas nessa tarde estranha em que ensaio versos, só vem tua falta à tona... E eu desamarro um pranto que eu sei tão antigo - desculpa essas palavras com cara de choro - ainda há reticências.
 

Marla de Queiroz

28 de julho de 2010

The Only Exception ♪

Talvez eu saiba, em algum lugar
No fundo da alma
Que o amor nunca dura
E temos que arranjar outros meios
De seguir em frente sozinhos
Ou ficar com uma cara boa

E eu sempre vivi assim
Mantendo uma distância confortável
Até agora
Eu tinha jurado a mim mesma que eu estava contente
Com a solidão

Porque nada disso algum dia valeu o risco, mas
Mas você é a única exceção
     
                                  ♪♫  - The Only Exception
                                                       Paramorne

26 de julho de 2010

Aparentemente eu apaguei tudo,
falsamente eu digo não me importar,
insanamente finjo nunca ter presenciado,
estupidamente corro atrás de formas para substituir tudo o que se foi,
e desesperadamente percebo que nada disso adianta.
Eu não quero que o tempo volte,mas gosto de relembrar;
Eu não esqueci de nenhum momento,mas fiz questão de deletar os que não foram bons.
Foi parte da minha vida,talvez a melhor parte da minha vida,
mas nunca mais vai voltar pra provar isso.
Me mantenho ausente,distante,não por rancor,mas por dor de pensar no que se foi.
As emoções que vivi,são as que vou levar pro resto da vida,vão ser aquelas que sempre vão me fazer suspirar de saudade.E eu gosto de relembrar,me faz ir para longe,não para onde eu deveria ou gostaria de estar,mas pra onde eu já estive.
Me faz sorrir só de pensar.
Só que não quero que o tempo volte;
porque querer isso é sinal que o presente não vai bem,e meu presente vai bem,está no lugar,mas eu gosto de recordar.
Eu lembro,me importo e gosto do que se foi,
só que guardo,escondo e tranco isso só para mim.
Tem coisas que ninguém precisa saber e me faz bem saber que não é só comigo que tudo vai bem.
Eu estou tentando enganar a mim,para não te ferir e não atrapalhar as coisas como estão.Sendo bom ou não,prefiro continuar apagando,não me importando,fingindo e relembrando só que em silêncio.
A pessoa que ler e entender tudo,vai ser a pessoa que nunca mais vai voltar,
mas é a que eu mais gosto de relembrar.


Autor Desconhecido

24 de julho de 2010


No começo é tão difícil escolher somente um,mas o importante é sempre andar pra frente pra um dia olhar para trás e dizer: 'Faria tudo novamente'.
Tive dias tão turbulentos,que vontade de mudar de Cidade, Estado, País, Planeta...não me faltaram. Parecia que eu tinha caido de paraquedas, não tinha rumo. A falta de tempo para mim mesma quase me matou. Minhas paixões estavam sempre ficando de lado. Nunca conseguia assistir um jogo do meu time ♥, meus amigos quase nem conseguia ver. Sofri tão desesperadamente por pessoas que até hoje não sei se mereceram. Fui tão julgada por erros que nem cometi, as vezes por não me conhecerem realmente ,mas 'os que me julgaram errado eu só lamento'♪ (:
Afastei pessoas que não me faziam bem, joguei fora lembranças que só me machucavam. Briguei porque não achava certo e chorei por saber que estava errada. Assumi cada ato meu. Mudei tanto, cresci tanto! E não me arrependo de nada. Conheci tanta gente nova, troquei tanta informação. Aprendi a lição. Cresci, não dou mais ouvidos para qualquer um. Recalcados sempre vão existir, o segredo é manter distância deles. Os que se achavam juízes, eu deixei pra lá ,um dia eles enxergam que eles eram os condenados. Perdi pessoas importantes demais pra deixar isso acontecer novamente, aprendi a dar valor. 'Amigo é amigo,companheiro é companheiro' ♪ e eu tenho os melhores amigos que uma pessoa poderia ter. Comecei a cuidar mais de mim,a guardar mais tempo para mim. As regras? As regras sou eu quem faço, e não me privo de mais nada. Agora eu sei andar sozinha, não me sinto mais deslocada. Perdoar é divino e agora eu sei. Tenho saudades das pessoas que passaram na minha vida e arrependimento por deixar
muitas delas sairem. Pedir desculpa muitas vezes não é o suficiente, mas as vezes é o máximo que se pode fazer. As coisas mais importantes que aprendi foi que distância não abala amizades, que amor verdadeiro não se apaga com o passar dos dias, nem com a ausência da pessoa amada e que fugir dos problemas não é a solução. Hoje eu aprendi a aproveitar a vida, a dar valor as pessoas queridas e sei que uma pessoa solitária não é ninguém. Não tenha medo de errar ,tenha medo de não tentar!

Autor Desconhecido

22 de julho de 2010


Trago no peito a honestidade mais absoluta. Na mente, o eterno desequilíbrio temporário. Nos nervos, a força para continuar. Na fé, a dúvida que move os dias. No amor, a certeza da incerteza. Nos dias, a rotina do conseguinte. No coração, aqueles realmente importantes. Na saudade, a crença de um dia vai dar certo. Na esperança, o desejo de felicidade.

Acreditava que a vida seguiria vagarosamente seu rumo, e que nenhum sentimento iria amordaçar meu coração. Desde pequena decidi que o destino não ditaria as regras na minha vida. Ahn, doce ilusão. Cresci e descobri na saudade, ausência e solidão um conflito realmente adulto. Coisas de criança vão se perdendo, e aquela inocência do "eu sou dona do meu nariz e do meu coração" vira puro feminismo no mundo acadêmico.

A vida são repetições, e tudo que se repete, tende a se esvair, é questão de tempo. Aquele sorriso, aquele olhar, aquele momento, aqueles que ficam guardados no coração. Todos estes, enxergo hoje, que o tempo leva embora. Coisas boas não se repetem largamente, e a rotina faz com que o dia-a-dia torne-se o veneno mais brutal. A falta, ausência, saudade transforma a rotina, que um dia foi completa, desejada e feliz em lembranças, que traz saudade, e, por consequência, solidão.

Já me disseram que o tempo é quem cura tudo. Acredito hoje que o tempo é aquele que testa os sentimentos, e este mesmo é quem me mostra aqueles que realmente são verdadeiros, aqueles que valem a pena, e que eu vou levar pra vida toda.

Tudo na vida é questão de tempo, e depender do tempo é incompleto, porque ele não podemos controlar. Não consigo parar no tempo, voltar no tempo, avançar no tempo.

O que eu sei é que sobra tudo ao meu redor. Sobra saudade, sobra falta, sobra ausência, sobra paz, sobra silêncio, sobra companhia, sobra amor. 

       Os importantes que me faltam precisam voltar para que todo esse despercício pare.



Autor Desconhecido



                                                     .

21 de julho de 2010

Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe q doerá muito mais - por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia - qualquer coisa q depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou quase certa q desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu quase tenho certeza q insistir naquilo vai me fazer sofrer, q insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, q pode não ser do jeito q eu queria q fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!



                       Caio Fernando Abreu

19 de julho de 2010

A Casa da Árvore


 (Inspirado em Mais e Menos)
E na casa da árvore entretinha-se imaginando a preocupação de todos ao darem por seu sumiço. Com o tempo, se acostumariam à idéia de viver sem a presença dele e, sem dúvida, se sentiriam aliviados. Não passariam mais pelo constrangimento de ter que justificar seu modos selvagens, sua costumeira clausura, seu silêncio telepático e aquela velha mania de transformar a vida em teorema. E na casa da árvore veria os anos caminharem lentos no compasso de cada dia de sol, eclipse e tempestade. E cravaria a sorte no tronco espesso que sustentaria seu mundo. E na casa da árvore fabricaria histórias frondosas das pessoas que habitavam as cavernas de seu coração. Plantaria as sementes na certeza de que alguém, algum dia, colheria seus frutos. Aos domingos, tomaria chá ouvindo Sinatra num radinho de pilha carregando no olhar a certeza de ter feito as coisas do seu jeito. E já não seria mais necessário contemporizar seus modos bravios, sua reclusão habitual, e aquela velha mania de transfomar a morte em teorema.

Por Maíra Viana em O Teatro Mágico em Palavras

14 de julho de 2010

...

                                                           Equanto puder ser abraços,
Enquanto puder ser colo,
Enquanto puder ser cores,
Enquanto puder ser prioridade,
Enquanto puder ser sorte,
Enquanto puder ser carinho,
Enquanto puder ser amigo (acima de tudo),
Enquanto puder ser coração,
Enquanto puder ter paciência,
Enquanto puder ter simplicidade,
Enquanto puder ter sinceridade,
Enquanto puder ter sentimentos,
Enquanto puder ter ajuda,
Enquanto puder ter estrelas,
Enquanto puder ter assuntos,
E ainda assim,
Se for dor,
Se for raiva,
Se for desconfortável,
Se for estranho,
Se for opostos,
Se for espinhos,
Se for lágrimas,
Se for azar,
Se for confusão...
"Enquanto for um beijo meu...
Serás vida, bem vinda...
Terás vida, bem vinda...
Vivo em mim!"

                                                             ♥                             O Teatro Mágico