30 de novembro de 2010

Sintα-se feliz porque no mundo tem αlguém que diz:
Que muito te αmα! Que tαnto te αmα!
Que muito muito te αmα, que tαnto te αmα!...
 
          ♫

Zeca Balero

24 de novembro de 2010

Você tem medo de se apaixonar. 
Medo de sofrer o que não está acostumada. 
Medo de se conhecer e esquecer outra vez
Medo de sacrificar a amizade. 
Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros.
Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. 
Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo
Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. 
Não suportar ser olhada com esmero e devoção. 
Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. 
Medo de ser engolida como se fosse líquido,
de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. 
Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida.
Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a Chorar. 
Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer.
Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta.
Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer,
talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. 
Medo do imprevisível que foi planejado. 
Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. 
Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. 
O corpo mais lado da fraqueza.
Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. 
Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente.
Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam.
Medo de que ele inspire a violência da posse,
violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. 
Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele.
Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas.
Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar,
que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. 
Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. 
Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas.
Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. 
Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção.
Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. 
Medo de que ele não precise de você. 
Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros.
Medo do cheiro das roupas. 
Medo do cheiro nos cabelos. 
Medo de não respirar sem recuar. 
Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. 
Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego.
Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. 
Medo de não soltar as pernas das pernas dele.
Medo de soltar as pernas das pernas dele.
Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. medo da vergonha que vem junto da sinceridade.
Medo da perfeição que não interessa. 
Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. 
Medo de estragar a felicidade por não merecê-la.
Medo de não mastigar a felicidade por respeito. 
Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la.
Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. 
Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou.
Medo de faltar as aulas e mentir como foram. 
Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar.
Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.

Fabrício Carpinejar

13 de novembro de 2010



Desde que você chegou o meu coração se abriu, hoje eu sinto mais calor e não sinto nem mais frio, e o que os olhos não vêm o coração pressente, mesmo na saudade você não está ausente. E em cada beijo seu, e em cada estrela do céu, e em cada flor no campo, e em cada letra no papel (...) 

Nando Reis

11 de novembro de 2010


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.
 Não importa o nome que damos o que importa é deixar no passado os momentos que já se
acabaram. As coisas passam, e o melhor que se faz é deixar que elas possam ir embora.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo:
diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível,
um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho,
por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Gloria Hurtado

9 de novembro de 2010

Eu vejo que aprendi o quanto te ensinei, e é nos teus braços que ele vai saber. Não há por que voltar, não penso em te seguir não quero mais a tua insensatez. O que fazes sem pensar aprendeste do olhar e das palavras que guardei pra ti. Não penso em me vingar não sou assim; a tua insegurança era por mim, não basta o compromisso vale mais o coração já que não me entendes, não me julgues não me tentes. O que sabes fazer agora veio tudo de nossas horas eu não minto, eu não sou assim, ninguém sabia e ninguém viu
que eu estava a teu lado então.
Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher sou minha mãe e minha filha, minha irmã, minha menina mas sou minha, só minha e não de quem quiser, sou Deus, tua deusa,meu amor.
Alguma coisa aconteceu do ventre nasce um novo coração, não penso em me vingar não sou assim a tua insegurança era por mim, não basta o compromisso vale mais o coração; ninguém sabia, ninguém viu que eu estava ao teu lado então.

Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher sou minha mãe e minha filha, minha irmã, minha menina, mas sou minha, só minha e não de quem quiser, sou Deus, tua deusa, meu amor.
O que fazes por sonhar é o mundo que virá prá ti e prá mim, vamos descobrir o mundo juntos, quero aprender com o teu pequeno grande coração meu amor, meu Chicão...

♪♫ Cassia Eller - Primeiro de Julho

8 de novembro de 2010

Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável o suficiente para cada vez mais encarar os desconfortos todos fugindo cada vez menos, sabendo que algumas coisas simplesmente são como são, e que eu não tenho nenhuma espécie de controle com relação ao que acontecerá comigo no tempo do parágrafo seguinte, da frase seguinte, da palavra seguinte. É me sentir confortável o suficiente para caminhar pela vida com um olhar que não envelhece, por mais que eu envelheça, e um coração corajoso, carregado de brotos de amor.

Ana Jácomo