26 de junho de 2012



 
É assustador o jeito como dão certo. Longe dele, ela é preguiçosa; longe dela ele sorri menos.
Quando ele está ausente, ela conta os dias que faltam pro próximo encontro; na falta dela ele prega a cara no calendário e faz cálculos pra saber quando pode encontrá-la de novo.
Longe dele ela é áspera, raivosa, sentimental; longe dela ele é manso, calmo, trabalhador, rotineiro.
Longe dele ela adoece; longe dela ele entorpece.
A distância os mantém juntos o tempo todo.
É ela dizendo com voz de choro que o quer de volta ali; é ele dizendo que sente falta de abraçar o corpo dela no meio da noite.
Mas a distância também os separa. Como brigam quando não se vêem!
Ela culpa a saudade; ele prefere culpar a insegurança dela.
Se ele pede pra ligar mais tarde e ela ainda tem coisas a dizer, quase pira; se ele liga e a ouve conversar com outras pessoas quer logo saber quem é. Ele acha que ela precisa ser menos dramática; ela acha que ele tem que se lembrar mais dela.
Não concordam nas brigas… Se começam a discutir, caminham do nada a lugar nenhum.
Mas, na vida… Ah! Na vida… Como esses dois são bonitos juntos!
As caretas que ele faz, os bicos que ela mostra; as piadas de tudo que ele vê, os comentários de Shakespeare e Caio que ela faz.
As histórias que um conta ao outro e a forma como seus caminhos se encaixaram.
Ah! Quando se encontram, quando se olham nos olhos e apertam o corpo de um contra o do outro… Assunto encerrado.
 É assustadoramente fácil ver que ali existe amor.
O jeito como ela ri com o corpo; a maneira como ele segura sua mão; a forma como tentam o tempo todo permanecerem ligados.
Não! De jeito nenhum… Não são perfeitos, aliás, passam longe disso. O que? Se eles se completam? De maneira alguma. Fazem mais do que isso.
As imperfeições dele, as qualidades dela ajudam a superar. Os defeitos dela são ajudados pelas perfeições que ele possui.
Ele calmo normalmente, ela estressada diariamente; ela ciumenta, ele confiante; ele distraído, ela detalhista; ele bom com números, ela boa com as letras; ele um pouco louco; ela louca por ele…
E completude? Não… Eles fazem mais… Somam.
Ele deposita todas suas forças pra fazê-la estudar, ajuda com artigos por meio de brincadeiras; ela tenta trazê-lo pra perto, cuidar dele; ele dá força; ela mostra como ter paciência; ele a ensina a esperar; ela o ensina que o amor existe; ela a ajuda a amadurecer; ele o faz voltar a ser criança; ele tira a solidão dela; ela não o deixa ser carente.
Ele é inteiramente o avesso dela por dentro. Ela é inteiramente o avesso dele por fora.
São tão iguais, e ao mesmo tempo, tão diferentes… Que nessa balança louca de amor e realidade buscam o equilíbrio…
Juntos. São um time, são dois, são um. São tudo o que o outro sempre quis com todo o bônus e ônus que traz o amor.
Do peso que é amar e saber-se amado é assustadoramente bom e leve acompanhar essa história.


 - Isa G.



* Me vi muito nesse texto, parece que foi escrito pra nós RJ♥




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